Galícia e arbitragem na segunda divisão

Foto: Murilo Gitel - Está certo que o atacante René (foto) desperdiçou um gol feito quando o jogo estava 0x0 em Guanambi, mas é fato que a arbitragem daquela partida errou feio ao validar o gol impedido do atacante Tatu.

O A Tarde Esporte Clube trouxe na edição do último domingo, 23 de março, uma reportagem do jornalista Nelson Barros Neto, intitulada "Sempre Polêmica", referente ao quadro de arbitragem da Bahia, mais especificamente a respeito do Campeonato Baiano da primeira divisão. É evidente que a preocupação de todos no Galícia, atualmente, está voltada para o Acesso, que tem começo previsto para julho, sobretudo no que diz respeito a contratação da comissão técnica e dos atletas que terão a missão de fazer com que o azulino retorne à elite, mas não podemos esquecer de algumas atuações desastrosas de alguns árbitros em determinadas partidas do granadeiro em 2007.

Foto: Edson Ruiz/A tarde - Digitalização: Lívia Machado - O árbitro Jaílson de Macêdo (foto, à esq.), eleito o melhor árbitro do Campeonato Baiano 2007, teve atuação desastrosa em Pituaçú, na derrota do Galícia para o Guanambi por 3x2, quando assinalou um pênalti inexistente para o visitante e expulsou o goleiro Dennys e o meia Rafael de forma equivocada.
Eu concordo que as críticas devem ser pautadas por argumentos consistentes e respeito, até porque errar é humano e estamos falando de pais de famílias. Mas, por outro lado, algo precisa ser feito quando determinado clube é sistematicamente prejudicado, pois há um investimento feito e muitas pessoas envolvidas e dedicadas em todas as instituições, que devem, somente, arcar com os erros que cometem. Do atual quadro, destaco Gleidson de Oliveira, o mesmo que apitou Independente 2x0 Galícia na estréia do azulino, ano passado, em Feira. Um jogo franco, leal e justo em todos os aspectos.
Já Manoel Lôpo Garrido, teve curiosamente duas atuações infelizes nos dois jogos do Galícia que comandou. Contra o Leônico, na vitória azulina por 4x0, em Pituaçu, anulou um gol legítimo de Jhullian e não deu um pênalti claro em Diego, além de ter sido conivente com o vergonhoso cai-cai do Leônico, temeroso por tomar uma goleada ainda maior. Terminou o jogo antes dos 35 minutos do segundo tempo e impediu que o granadeiro ampliasse seu saldo de gols. Na última rodada da primeira fase, contra o então líder Independente (hoje Feirense), deixou de marcar um pênalti claro em cima de Diego. Detalhe: não expulsou o goleiro Jair, que o agrediu sem a bola e ainda por cima presenteou o centroavante com o cartão amarelo, que o tirou do primeiro jogo da final, contra o mesmo Independente.

Recém vitimado por um trágico acidente de carro, o ex-árbitro Lourival Dias Lima Filho não marcou um pênalti claro a favor do Galícia em cima de Jhullian, na vitória de 3x0 contra o Astro, em Feira. Quando apitou Guanambi 1x0 Galícia, no Sudoeste do estado, não tomou para si a responsabilidade de invalidar o gol impedido do atacante Tatu, aos 46 do segundo tempo. O mesmo Lourival apitaria o suspeito jogo dos 10x0 do time da terra do político Nilo Coelho em cima do Leleco.
Digo tudo isso porque estive presente, à beira do campo, em todos os jogos do Galícia no Campeonato Baiano de Acesso em 2007. Muitas pessoas criticaram quando a diretoria entrou na justiça para pedir a anulação de Guanambi x Leônico, sob o argumento de que "o Galícia não ganhou na bola durante a competição e quer ganhar no tapetão". Duvido muito que tenham assistido uma única partida da segundona no ano passado e que tenham comentado apenas por meio do que viram na TV e leram nos jornais.
Esperamos, sinceramente, que a competição este ano não seja tão conturbada como em 2007. Que a justiça seja feita dentro do campo e que a arbitragem tenha papel discreto em todos os jogos.